Marianne Moore em 1948. Fotografia de Carl Van Vechten.
MARIANNE MOORE
( U. S. A. )
( Kirkwood, Missouri, 15 de novembro de 1887 — Nova Iorque, 5 de fevereiro de 1972) foi uma escritora e poetisa modernista dos Estados Unidos da América.
Poetisa difícil e considerada tradicionalmente como uma "poeta para poetas", Marianne Moore teria começado a publicar poemas em 1915.
Em 1921 é publicado o seu primeiro livro, em Londres, pela poeta imagista H.D., sem que houvesse o conhecimento da autora. A complexidade de seus poemas a afasta do público em geral, sendo porém a sua obra admirada por poetas como Wallace Stevens, Ezra Pound e T.S. Eliot.
Fragmento de biografia extraído da Wikepedia.
TEXTS IN ENGLISH – TEXTOS EM PORTUGUÊS
MARQUES, Oswaldino. Videntes e sonâmbulos: coletânea de poemas norte-americanos. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação, Miistério da Educação e Cultura, 1955; 300 p.
Ex. bibl. Antonio Miranda
THE FISH
Wade
through black jade.
of the crow-blue mussel-shells, ond keeps
adjusting the ash-heaps,
opening and shutting itself like
an
injured fan.
The barnacles which encrust the side
of the wave, cannot hide
there for the suberged shafts of the
sun,
split like spun
glass, move themselves with spotlight switness
into the crevices —
in and out, iluminating
the
turquoise sea
of bodies. The water drives a wedge
of thruough the iron edge
of the Cliff; whereupon the stars
pink
rice-grains, ink,
bespattered jelly-fish, crabs like green
lilises, and submarine
toadstools, slied each on the oder.
Aslsl
external
marks of abuse are presente on this
defiant edifice —
all the physical features of
ac-
cident — lack
of cornice, dynamite groovess, burns, and
hatchet strokes, these things stand
out on it; the carm side in
dead.
Repeate
evidence has proved that it can live
on what cannot revive
its youth. The sea grows old in it.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Trad. de Domingos Carvalho da Silva
O PEIXE
Vaga
através de negro jade,
Montes de cinza de enegrecidos
caramujos conservam-se estendidos
abrindo e fechando como
um
leque ferido.
Mariscos que se incrustam
no flanco das ondas, não se ocultam
nela, porque o sol as submersas
setas,
lascadas como fios
de vidro, movem-se com a rapidez de um reflexo
nas fendas,
indo e vindo, iluminando
os
corpos na turquesa
do mar. A água insere uma lança
de ferro na orla de ferro
do penhasco; após o que as estrelas,
róseos
grãos de arroz, medusas
pintalgadas de tinta, caranguejos como verdes
lírios, cogumelos
submarinos, escorregam uns sobre os outros.
Todas
as externas
marcas de violência estão presentes neste
provocante edifício —
todos os sinais físico
de a-
cidente — falta
de cornijas, fendas de dinamite, marcas de foto,
golpes de machado; estas coisas afloram
nele; o flanco do abismo está
morto.
Repartida
evidência demonstrou que ele pode
viver do que não pode reviver
sua juventude. Nele envelhece o mar.
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REVISTA DE POESIA E CRÍTICA No. 17 – Brasília – São Paulo – Rio -
Setembro 1993 Conselho Diretor: Afranio Zuccolotto, Cyro Pimentel, Waldemar Lopes. 112 p.
Ex. doação do livreiro Brito – DF
THE FISH
Wade
through black jade.
Of the crow-blue mussel-shells, one keeps
adjusting the ash-heaps;
opening and shutting itself like
an
injured fan.
The barnacles which encrust the side
of the wave, cannot hide
there for the submerged shafts of the
sun,
split like spun
glass, move themselves with spotlight swiftness
into the crevices—
in and out, illuminating
the
turquoise sea
of bodies. The water drives a wedge
of iron through the iron edge
of the cliff; whereupon the stars,
pink
rice-grains, ink-
bespattered jelly fish, crabs like green
lilies, and submarine
toadstools, slide each on the other.
All
external
marks of abuse are present on this
defiant edifice—
all the physical features of
ac-
cident—lack
of cornice, dynamite grooves, burns, and
hatchet strokes, these things stand
out on it; the chasm-side is
dead.
Repeated
evidence has proved that it can live
on what can not revive
its youth. The sea grows old in it.
***
Tradução de DOMINGOS CARVALHO DA SILVA:
OS FRUTOS DO MAR
Vau
através de negro jade.
Das conchas de mariscos de azul-corvo
uma organiza seus flocos de cinza;
abrindo e fechado como
um
leque rompido.
Os moluscos que se incrustam na escarpa
junto às ondas, não podem esconder-se
nela porque os raios submersos do
sol,
rendados qual teia
de vidro, movem-se com rápido reflexo
de luz, nas fendas —
dentro de fora, iluminando
na
turquesa do mar,
os corpos. A água insere uma cunha
de ferro na borda de ferro
do penhasco, e logo as estrelas,
ró-
seus grãos de arroz, águas-vivas
salpicadas de tinta, caranguejos
como lírios verdes, e submersos
cogumelos, deslizam uns nos outros.
To-
das as marcas
exteriores de violência estão presentes
neste insólito edifício —
todos os sinais físicos de
a-
cidentes — falta da
cornija, covas de dinamite, nódoas de fogo
e golpes de machado, tais coisas aparecem
nele; o flanco de abismo está
mor-
to. Repetida
evidência provou que ele pode viver
do que lhe não pode reviver
a juventude Nele envelhece o mar
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Página publica e republicada em março de 2023
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Página publicada em junho de 2027
Veja; Poema de MARIANNE MOORE traduzido por Domingos Carvalho da Silva
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